13 de jun. de 2025
Por que os dentes ficam amarelados com o tempo?

Os dentes podem amarelar devido a fatores intrínsecos (internos) e extrínsecos (externos). O esmalte é uma camada fina e translúcida; por baixo dele está a dentina, que tem coloração amarelada por natureza. Assim, a cor final do dente é determinada principalmente pela tonalidade da dentina. Fatores extrínsecos incluem o acúmulo de pigmentos sobre o esmalte: substâncias como tabaco, vinho tinto, café, chá e alimentos muito coloridos aderem à superfície dentária. Já as manchas intrínsecas ocorrem dentro do dente (no esmalte ou na dentina) e resultam de causas sistêmicas ou de desenvolvimento. Por exemplo, condições genéticas como a amelogênese ou dentinogênese imperfeita podem originar dentes naturalmente amarelados ou encobertos por manchas mais escuras. Além disso, o uso de antibióticos como a tetraciclina na infância (durante a formação dos dentes) pode provocar manchas internas irreversíveis. Combinados, esses fatores – predisposição genética, medicamentos na infância e acúmulo de pigmentos – fazem com que o sorriso perca o brilho ao longo dos anos.
Como o envelhecimento influencia na cor dos dentes?

O envelhecimento natural modifica a estrutura dental de modo que os dentes aparentem mais amarelados. Com o passar dos anos, o esmalte se torna mais fino e translúcido, seja pelo desgaste mecânico (mastigação, escovação) ou por microerosões. Isso faz com que a dentina subjacente (mais amarelada) fique mais visível, escurecendo o tom geral dos dentes. Além disso, a dentina tende a se escurecer levemente com a idade. Portanto, mesmo cuidando bem da higiene, há uma descoloração gradual natural que não está totalmente sob nosso controle. Segundo a American Dental Association, o envelhecimento é uma causa comum de descoloração intrínseca: “Com o aumento da idade, o esmalte se torna mais fino… permitindo que a dentina mais amarela apareça, tornando a cor geral dos dentes mais escura”. O Cleveland Clinic corrobora que “ao envelhecer, o esmalte se desgasta, expondo mais a dentina subjacente, de tonalidade amarelada”.
Hábitos e alimentos que causam manchas
O hábito de consumir regularmente substâncias pigmentadas faz os dentes ficarem amarelados por manchas superficiais. De acordo com a ADA, “manchas extrínsecas costumam resultar da acumulação de compostos coloridos no esmalte”, vindos de fatores ambientais ou comportamentais. Tabagismo e uso de outros derivados do fumo são causas clássicas: a Nicotina e o alcatrão aderem ao esmalte, provocando manchas acastanhadas. Bebidas como café, chá, vinho tinto e refrigerantes escuras contêm pigmentos que escurecem o esmalte quando em contato frequente. Alimentos como beterraba, molho de tomate, curry e similares podem ter efeito similar. Além disso, uma higiene bucal inadequada favorece o amarelamento: se a placa bacteriana não for removida pelo menos duas vezes ao dia, ela vai aderir aos dentes e calcificar em tártaro, escurecendo o aspecto dos dentes. Em suma, maus hábitos – fumar, não escovar bem ou consumir excessivamente alimentos pigmentados – promovem as chamadas manchas extrínsecas.
Diferença entre manchas extrínsecas e intrínsecas
As manchas extrínsecas e intrínsecas diferem em origem e tratamento. Manchas extrínsecas ocorrem na superfície do dente (no esmalte) por exposição a pigmentos ambientais. São tipicamente causadas por tabaco, café, chá, vinho e higiene deficiente, mas não alteram a estrutura interna do dente. Por isso, podem ser removidas com limpeza profissional e escovação adequada. Já as manchas intrínsecas estão dentro do dente (no esmalte profundo ou na dentina) e decorrem de fatores como doenças sistêmicas, traumas ou eventos durante o desenvolvimento dos dentes. Por exemplo, uma intoxicação por tetraciclina ou um quadro de fluorose quando a criança é pequena deixa manchas escuras permanentes sob o esmalte. Segundo a literatura científica, “manchas intrínsecas ocorrem dentro do dente […] e podem ser causadas por transtornos genéticos (ex. dentinogênese imperfeita, amelogênese imperfeita) ou fatores locais durante o desenvolvimento, como uso de tetraciclina”. Enquanto as extrínsecas atingem apenas o esmalte e respondem a métodos mecânicos de limpeza, as intrínsecas exigem intervenções químicas ou restauradoras, pois estão incorporadas ao dente.
Como prevenir o amarelamento dos dentes

A prevenção baseia-se em reduzir os fatores de risco: manter uma boa higiene bucal, controlar a dieta e abandonar maus hábitos. A escovação diária correta (pelo menos 2× ao dia, com creme dental fluoretado) e o uso de fio dental removem a placa antes que ela se calcifique em tártaro e manche os dentes. A ADA destaca que técnicas mecânicas, como escovar com cremes clareadores ou usar dispositivos elétricos, além da profilaxia (limpeza profissional no dentista), reduzem significativamente as manchas extrínsecas. Outras medidas importantes incluem evitar fumar e reduzir o consumo de café, chá, vinho e outros pigmentos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, parar qualquer forma de tabaco é fundamental para a saúde bucal, já que o cigarro aumenta muito o risco de descoloração (além de doenças gengivais). A OMS também reforça que escovar os dentes duas vezes ao dia com pasta fluoretada é essencial para prevenir não só cáries, mas também o acúmulo de placa amarelada. Visitas regulares ao dentista para limpeza e remoção de tártaro (aproximadamente a cada seis meses) complementam a prevenção.
Tratamentos para recuperar a cor dos dentes
Se o amarelamento já está presente, há diversas opções de tratamento, a depender do tipo de mancha. Para manchas extrínsecas, a profilaxia profissional (raspagem e polimento) geralmente é eficaz para eliminar o pigmento superficial. Para manchas mais profundas (intrínsecas), o clareamento dental é o método indicado. Os clareamentos podem ser feitos em consultório (com gel de peróxido de hidrogênio ou carbamida em alta concentração, às vezes com uso de luz) ou em casa (com moldeiras e gel indicado pelo dentista). A ADA explica que “tratamentos de clareamento incluem procedimentos em consultório, produtos fornecidos pelo dentista para uso caseiro e produtos de venda livre” e que “os agentes clareadores mais comuns são carbamida peróxido e peróxido de hidrogênio”. Clínicas e especialistas podem realizar o procedimento em consultório (mais rápido, para quem busca resultado imediato) ou prescrever géis para uso domiciliar supervisionado. É importante ressaltar que apenas dentes naturais podem ser clareados – restaurações como resinas ou porcelanas não mudam de cor com o clareamento.
Além do clareamento, há tratamentos estéticos para dentes muito escurecidos ou que não responderam bem. Por exemplo, em casos de manchas intrínsecas severas (como as causadas por tetraciclina ou trauma) recomenda-se facetas de porcelana ou resina composta sobre os dentes. O Cleveland Clinic orienta que, quando o clareamento não é suficiente, o dentista pode recorrer à bonding (aplicação de resina para cobrir manchas). Em casos de ampla descoloração, podem ser indicadas facetas cerâmicas aderidas às superfícies frontais, que camuflam a cor escura por baixo. Esses procedimentos estéticos devolvem a aparência branca e uniforme ao sorriso. Por fim, CFO e ABO alertam que o clareamento caseiro sem supervisão (usando produtos comprados em farmácia sem moldeira personalizada) pode ser perigoso: o gel concentrado tende a vazar e danificar gengiva e mucosas. A realização sob orientação profissional minimiza riscos e garante eficácia.
Conclusão
O amarelamento dos dentes é um processo multifatorial: resulta da interação entre fatores naturais (genética, idade, composição dentária) e hábitos de vida (alimentação, tabagismo, higiene). A compreensão dessas causas permite prevenir ou corrigir o problema. Com escovação adequada, dieta balanceada e limpeza profissional regular é possível reduzir muito as manchas extrínsecas. Quando o escurecimento já está instalado, existem soluções comprovadas – do simples clareamento dental à colocação de facetas –, sempre pautadas em evidências científicas e supervisão odontológica. Manter consultas periódicas com o dentista (conforme preconiza a ABO e o CFO) é essencial para avaliar e planejar o tratamento ideal em cada caso, garantindo um sorriso saudável e esteticamente agradável.
A All Odontologia é uma clínica especializada em saúde bucal e estética dental, comprometida com as melhores práticas e tecnologias atuais. Nossa equipe de cirurgiões-dentistas é experiente em tratamentos preventivos e restauradores, como profilaxia profissional, clareamento dental (tanto em consultório quanto em casa) e restaurações estéticas avançadas (facetas, lentes de contato dental, resina composta). Priorizamos sempre a segurança e o conforto do paciente: antes de qualquer procedimento, realizamos avaliação completa (histórico, exame clínico e radiográfico) para indicar o tratamento mais apropriado. A All Odontologia segue as recomendações das sociedades científicas (como a ADA e ABO) e órgãos de saúde, prezando pela ética e pela atualização contínua. Aqui, oferecemos um atendimento acolhedor e personalizado em um ambiente moderno, para que cada sorriso se mantenha saudável e bonito por toda a vida.

Referências
American Dental Association – Whitening. ADA Oral Health Topics.
Cleveland Clinic – Tooth Discoloration: Causes, Treatment & Prevention.
Wang et al. (2023) – Drug-induced tooth discoloration: an analysis... Frontiers in Dental Medicine.
Organização Mundial da Saúde – Fato relevante: Saúde bucal (Março 2025).
Conselho Federal de Odontologia – “Clareamento dental sem orientação pode causar danos irreversíveis”
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