18 de nov. de 2025
Laser na odontologia estética: Diodo × Er:YAG × LLLT — o que cada um faz (e quando usamos)
A tecnologia de lasers ampliou a precisão e o conforto em procedimentos estéticos e periodontais. Na Allegra, utilizamos três frentes principais, cada uma com papel claro: laser de diodo (tecidos moles e hemostasia), Erbium:YAG (acabamento preciso e minimamente térmico) e LLLT/fotobiomodulação (analgesia e cicatrização). Entender o que cada um entrega — e seus limites — é o que torna o resultado mais natural, previsível e confortável.
Diodo (810–980 nm): hemostasia, corte e visibilidade clínica
O diodo é fortemente absorvido por pigmentos (hemoglobina e melanina), favorecendo coagulação e campo seco. Em recontorno gengival leve, gengivoplastias pontuais e “troughing” para moldagem/escaneamento, o diodo oferece corte limpo com sangramento mínimo, o que melhora a leitura de margens para lentes e restaurações.
Ponto-chave: potência e modo (contínuo/pulsado) são ajustados para evitar carbonização; a hemostasia superior é o seu grande diferencial.
Erbium:YAG (2.940 nm): acabamento de alta precisão e mínimo dano térmico
O Er:YAG é altamente absorvido por água e hidroxiapatita. Na prática: ablação hidrocinética, pouco efeito térmico e cicatrização favorável. Usamos para microajustes do zênite gengival guiados por DSD/mockup, troughing minimamente invasivo e preparo conservador de superfície quando indicado.
Ponto-chave: trabalhamos com spray de água e energias baixas, preservando colágeno e arquitetura do sulco — excelente para acabamento fino antes da prova/cimentação.
LLLT (fotobiomodulação): dor menor e reparo mais rápido
A LLLT (vermelho/IV próximo) modula a resposta mitocondrial (citocromo c oxidase), aumentando ATP e sinalizações (NO/Ca²⁺). Resultado clínico: menos dor, menos inflamação e cicatrização acelerada no pós de implantes, enxertos e cirurgias de tecido mole; também auxilia em DTM e lesões ulceradas iniciais.
Ponto-chave: é adjunta, não substitui higienização, medicação ou protocolos cirúrgicos.
Como decidimos qual usar (e quando combinamos)
A escolha considera biologia (largura biológica, biotipo), indicação clínica (hemostasia vs. acabamento) e experiência do paciente (conforto/tempo). Em muitos casos, combinamos: diodo para hemostasia e Er:YAG para acabamento preciso; finalizamos com LLLT para reduzir dor e edema.
Limites responsáveis: não violar largura biológica; calibrar parâmetros para evitar aquecimento; EPIs obrigatórios; triagem de fotossensibilidade e condições sistêmicas.

O que o paciente percebe
Procedimentos mais rápidos, campo limpo, pós-operatório mais confortável e retorno precoce à rotina. No consultório, isso se traduz em margens nítidas, menos ajustes na prova e uma estética final mais previsível.
Conclusão
Diodo, Er:YAG e LLLT não competem — se complementam. Usamos o diodo quando precisamos coagular e enxergar melhor, o Er:YAG para refinar com mínimo dano térmico, e a LLLT para modular dor e inflamação. Com planejamento digital, parâmetros seguros e respeito à biologia, entregamos naturalidade, conforto e previsibilidade em estética e reabilitação.
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Referências (ABNT)
Convissar, R. A. Principles and Practice of Laser Dentistry. 2. ed. Elsevier, 2016.
Parker, S.; Coluzzi, D. Lasers in dentistry — current concepts. Dent Clin North Am, 2017.
Romanos, G. Diode laser soft-tissue surgery: safety and advantages. J Periodontol, 2013–2015.
Ishikawa, I.; Aoki, A.; Takasaki, A. A. Er:YAG laser in dentistry: principles and clinical applications. Jpn Dent Sci Rev, 2008–2010.



