22 de out. de 2025
Guia completo de manutenção para quem tem implantes
A longevidade dos implantes dentários depende de uma rotina de higiene efetiva, consultas periódicas e reconhecimento precoce de sinais de inflamação. Este guia reúne orientações práticas (em casa e na clínica) para preservar osso e gengiva ao redor do implante e manter a prótese estável por muitos anos.Rotina diária de higiene (em casa)
Escova macia 2×/dia e creme dental pouco abrasivo (evite pastas “branqueadoras”).
Escovas interdentais (cilíndricas/cônicas) do diâmetro correto para passar sob a prótese/entre pilares.
Fio especial (superfloss) em coroas parafusadas/cimentadas e áreas de difícil acesso.
Irrigador oral como complemento (não substitui escovação).
Controle de hábitos: tabagismo e bruxismo aumentam o risco peri-implantar (use placa noturna quando indicada).
Consultas e profilaxia profissional
Periodicidade baseada em risco (geralmente a cada 3–6 meses).
Checagem clínica: sangramento à sondagem, profundidade de sondagem, recessões, mobilidade protética/parafusos, oclusão.
Limpeza profissional com instrumentos específicos para implante (titânio, PEEK/teflon) e/ou jato de pó de glicina/eritritol; polimento final.
Exames de controle: foto, sondagem e radiografia de referência para comparar possível perda óssea ao longo do tempo.
Manutenção protética: reaperto de torque quando indicado, troca de parafusos/componentes e avaliação de contatos oclusais.
Instrumentos corretos (por que importa)
Metais duros convencionais podem riscar o pilar/implante e reter biofilme.
Preferir curetas de titânio ou polímeros (PEEK/teflon) e air-polishing com glicina/eritritol (menos abrasivo ao tecido).
Antissépticos (ex.: clorexidina) apenas por curtos períodos e com indicação profissional.

Sinais de alerta (procure o dentista)
Sangramento ao passar a escova/fio, gengiva inchada ou mau odor persistente.
Sensibilidade/dor à mastigação; sensação de “alto/baixo” ao morder.
Aumento de espaço entre dente/implante (perda de papila) ou supuração.
Esses achados sugerem mucosite peri-implantar (reversível) ou peri-implantite (perda óssea progressiva). Intervenção precoce é decisiva.
Dicas para longevidade
Estabilizar doenças sistêmicas (diabetes), parar de fumar, manter IMC saudável.
Ajuste oclusal após ortodontia/procedimentos extensos.
Guardar/mostrar na consulta a chave protética e relatório da marca/peças do implante.
Em próteses extensas, combinar interdental + irrigador e revisões mais curtas nos primeiros 12 meses.
Conclusão
Implantes têm taxas de sucesso altas quando o paciente segue higiene dirigida, comparece às revisões e a equipe utiliza instrumentos adequados com monitoramento de biomarcadores clínicos (sangramento/sondagem) e radiografias comparativas. A manutenção correta previne mucosite, reduz progressão para peri-implantite e preserva osso e função a longo prazo.
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Referências
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JEPSEN, S.; et al. Air polishing with low-abrasive powders (glicina/eritritol) for implant maintenance. Clin Oral Investig, 2014–2018.
Sanz, M.; Chapple, I. Clinical research consensus on peri-implant health/mucositis/implantitis. J Clin Periodontol, 2012–2015.



