Em odontologia estética e reabilitadora, o que não é medido não pode ser reproduzido. Fotografia padronizada e documentação digital (scanner intraoral, registros de cor e protocolos de prova) criam uma linguagem comum entre clínica e laboratório, permitem comparativos objetivos (before & after) e dão ao paciente clareza para aprovar cada etapa.

O que registramos e por quê

1) Fotografia odontológica padronizada

• Ângulos essenciais: frontal, ¾, laterais, oclusais; intraorais com afastadores.

• Controle de cor: carta/escala de cinza, foto polarizada e cruzada para validar valor → matiz/croma.

• Benefício: comunicação sem ambiguidades com o laboratório e reprodutibilidade na cor e na textura.

2) Scanner intraoral e arquivos 3D

• Precisão de margens/contatos e alinhamento com CBCT quando necessário.

• Benefício: guia o desenho protético “de fora para dentro”, reduz ajustes e tempo de cadeira.

3) Documentos de aprovação (mockup e checklists)

• Mockup fotodocumentado (vídeo/fonética) para validação de forma e plano incisal.

• Checklists assinados (clínica ↔ laboratório ↔ paciente) sobre forma, cor, brilho e prazos.

• Benefício: expectativas alinhadas e decisões compartilhadas.

4) Comparativos objetivos

• Série temporal (inicial, preparos, provisórios, prova, entrega, revisões).

• Benefício: acompanhamento de cicatrização, estabilidade de cor/oclusão e base para manutenção.

Como isso melhora a experiência do paciente

• Previsibilidade clínica: menos surpresas na prova e na cimentação.

• Transparência: o paciente vê o que aprovou e acompanha a evolução.

• Qualidade consistente: laboratório recebe dados completos (fotos + arquivos 3D + guia de cor), reduzindo retrabalho.

Boas práticas de documentação na Allegra

• Iluminação controlada, balanço de branco e distâncias fixas.

• Fotografia polarizada para leitura do valor antes de matiz/croma.

• Registro da escala de cor na mesma foto do dente.

• Integração scanner + fotos no prontuário digital, com versões por etapa.

• Protocolo de consentimento e aprovação do paciente nas mudanças estéticas.

Conclusão

Fotografia padronizada e documentação digital formam a base de um plano reprodutível: melhor comunicação com o laboratório, comparativos objetivos e validação pelo paciente. O resultado é uma estética final coerente com o planejado, menos ajustes e maior satisfação a longo prazo.

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  Referências (ABNT)

  1. Coachman, C.; Calamita, M. A. Digital Smile Design: comunicação e planejamento estético. Int J Esthet Dent, 2012.

  2. Manauta, J.; Salat, A. Layers: An Atlas of Composite Resin Stratification. Quintessence, 2012. (fotografia/valor)

  3. Svihla, J.; et al. Standardized dental photography: protocols for color accuracy. J Esthet Restor Dent, 2014–2021.

  4. Nedelcu, R.; Ender, A. Accuracy and precision of intraoral scanners. J Prosthet Dent, 2018.