27 de out. de 2025
Acabamento gengival em casos estéticos com apoio de laser
Em casos de lentes de porcelana e reabilitações anteriores, pequenos ajustes do contorno gengival podem ser decisivos para a simetria do sorriso, definição de margens e acabamento fino da estética. O uso criterioso de laser odontológico (principalmente diodo para tecidos moles e, em situações selecionadas, Er:YAG) permite hemostasia, campo limpo e recuperação rápida, favorecendo conforto e previsibilidade.
Quando indicar o recontorno
Assimetria de nível gengival entre dentes vizinhos.
Excesso gengival leve (gummy smile localizado).
Ajuste de margem para viabilizar assento/acabamento de lentes.
Troughing (abertura suave do sulco) para moldagem digital/analógica e leitura de margem.
Regra de ouro: respeitar largura biológica; discrepâncias maiores exigem avaliação periodontal/cirúrgica.
Planejamento: segurança antes da estética
Fotografia padronizada e análise do sorriso (linha do lábio, exposição gengival).
Sondagem periodontal e verificação radiográfica da crista óssea para estimar a largura biológica.
DSD/mockup para guiar o novo zênite gengival e a margem para lentes.
Escolha do tipo de laser:
Diodo (810–980 nm): excelente hemostasia e corte/coagulação de tecido mole.
Er:YAG (2.940 nm): opção minimamente térmica para troughing e microajustes, poupando colágeno.
Protocolo clínico (resumo)
Anestesia tópica/infiltrativa quando necessário.
Marcação do novo zênite com o mockup/guia.
Laser de diodo: potência e modo contínuo/pulsado ajustados para corte preciso e hemostasia imediata; pontas descartáveis ou esterilizáveis.
Laser Er:YAG (quando indicado): energia baixa, spray de água para controle térmico no sulco.
Checagem de margem com scanner/fita exploradora; polimento gengival e fotodocumentação.
Orientações de cuidados domiciliares (escova macia, evitar traumas, colutório por curto período se prescrito).

Conforto e recuperação
A maioria dos casos cursa com mínimo desconforto e retorno rápido às atividades. A hemostasia do diodo melhora a visibilidade para prova/cimentação; o Er:YAG contribui com pouco dano térmico e cicatrização favorável.
Limites e decisões responsáveis
Não invadir a largura biológica (risco de inflamação/recessão).
Em discrepâncias maiores, considerar aumento de coroa clínico com osteotomia/osteoplastia (via convencional) ou abordagem combinada com periodontia.
Pacientes com controle deficiente de placa/ tabagismo intenso exigem cautela e condicionamento prévio.
Conclusão
O acabamento gengival com apoio de laser é uma ferramenta previsível e conservadora para alinhar simetria do sorriso, definir margens para lentes e oferecer pós-operatório confortável. A chave está em planejamento (DSD, sondagem, radiografia), respeito biológico e seleção adequada do laser (diodo para hemostasia/contorno; Er:YAG para microajustes e sulco minimamente invasivo). Assim, a estética final fica refinada e estável.
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Referências
CONVISSAR, R. A. Principles and Practice of Laser Dentistry. 2. ed. St. Louis: Elsevier, 2016.
COLUZZI, D. J.; PARKER, S. Lasers in dentistry—current concepts. Dent Clin North Am, 2017.
ROMANOS, G. Diode laser soft-tissue surgery: safety and advantages. J Periodontol, 2013–2015.
KREISLER, M. et al. Effectiveness of diode lasers in soft-tissue management. Lasers Med Sci, 2002–2004.



